Bagada escrito em 25 de Novembro de 2024
Uma noiva de Piracicaba, no interior de São Paulo, foi denunciada por racismo após rejeitar uma cerimonialista negra para o seu casamento. A celebrante Aline Ferreira, que é quem havia indicado a profissional, abriu um boletim de ocorrência e rompeu contrato de prestação de serviço com a noiva após receber dela uma mensagem dizendo: “Estamos preferindo um time de pessoas brancas”.
O caso aconteceu em setembro deste ano. Aline informou ao Metrópoles que conhecia a noiva há cerca de 20 dias quando recebeu a mensagem. Segundo ela, ainda era uma relação superficial. De prontidão, a cerimonialista se demonstrou desconfortável com a fala e optou por cancelar a parceria.
“Um dos principais valores da minha empresa e pessoal é a igualdade. Meu posicionamento é muito claro, não entendi como isso passou batido, talvez ela tenha achado que meu posicionamento era só papo de vendedor”, ponderou a celebrante. “Ela só viu a seriedade quando devolvi o dinheiro pra ela e mandei ela pedalar.”
Além da devolução, a noiva queria que Aline pagasse uma multa pela quebra do contrato. Ela está sendo processada pela noiva por esse motivo. “Como eu cancelei, ela ficou com raiva e me processou por dano moral. Está alegando que como noiva ela ficou muito abalada com o meu cancelamento, que era o sonho dela que eu celebrasse”, contou ao Metrópoles.
Com a repercussão do caso, Aline usou seu Instagram para se pronunciar. Ela afirmou que, ao ler a mensagem da noiva, “perdeu totalmente o chão.”
“A minha primeira reação foi cancelar o contrato, dizer para ela procurar outra celebrante, porque eu não ia celebrar o casamento deles e bloqueei ela […] Eu não sou obrigada a fazer casamento de criminoso”, disse a celebrante em vídeo publicado nos Stories.
Ela disse que, além de ter preenchido um boletim de ocorrência, entrou em contato com uma advogada e que não vai pagar a multa pelo cancelamento do contrato. Aline relatou ter devolvido todo o dinheiro da noiva, sem o valor da multa. “É ela quem vai responder por processo criminal”, falou.
Metrópoles
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