O Marco de Touros foi fixado em 7 de agosto de 1501 durante uma expedição portuguesa enviada por ordem de Dom Manuel I. A frota, composta por três embarcações comandadas pelo capitão-mor André Gonçalves, Gaspar de Lemos e o cosmógrafo Américo Vespúcio, chegou à costa do atual município de Touros, na divisa com São Miguel do Gostoso e Pedra Grande, na praia do Marco. Essa ação marcou a posse portuguesa da terra potiguar, e por isso comemoramos o aniversário do Rio Grande do Norte em 7 de agosto.

A peça — feita de pedra lioz trazida de Portugal — mede cerca de 1,60m de altura e traz entalhes da Cruz da Ordem de Cristo e das armas do rei Dom Manuel I.

Durante séculos, o marco ficou exposto à ação do tempo e ao uso ritualístico da população local, que acreditava em suas supostas propriedades milagrosas. Em 1928, foi identificado pelos historiadores Câmara Cascudo e Nestor dos Santos Lima, do IHGRN. Em 1962, foi tombado como Monumento Nacional pelo IPHAN, sendo transferido para a Fortaleza dos Reis Magos em 1976. Desde 2021, integra o acervo do Museu Câmara Cascudo (UFRN), em ambiente controlado.

A instalação do marco é considerada o primeiro ato oficial na antiga Capitania do Rio Grande, sendo um dos documentos materiais mais antigos da presença portuguesa no Brasil.

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