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Bagada escrito em 14 de Agosto de 2023

Por que taxar grandes fortunas é inútil – no Brasil e no mundo

Em busca de um incremento de R$ 100 bilhões na arrecadação federal, para que possa zerar o déficit primário até 2024 e cumprir a meta estipulada pelo novo marco fiscal, a equipe econômica do governo vem sendo pressionada a tirar do papel propostas que tratam da tributação sobre os super-ricos.

 

Depois de uma reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na terça-feira (8/8), o deputado Zeca Dirceu (PT-PR), líder da bancada do partido na Câmara, defendeu abertamente uma maior tributação sobre a renda do topo da pirâmide no país. Entre as propostas que estão sobre a mesa, no bojo das discussões previstas para a segunda etapa da reforma tributária, a mais adiantada é a taxação dos fundos exclusivos, que geraria uma receita de R$ 10 bilhões, segundo o governo. Também são debatidas a tributação de dividendos e a progressividade na tributação de heranças.

 

Enquanto corre para finalizar o pacote de medidas que serão encaminhadas ao Congresso até o dia 31 de agosto, juntamente com a proposta de Orçamento de 2024, o governo observa a movimentação de grupos favoráveis ao Imposto sobre Grandes Fortunas (IGF), antiga obsessão do PT e de amplos setores da esquerda.

 

A proposta tem sido defendida por organizações como a Central Única dos Trabalhadores (CUT), aliada histórica do PT. Internacionalmente, a taxação dos super-ricos tem adeptos como o economista francês Thomas Piketty, crítico do capitalismo e autor do best-seller “O Capital do Século XXI”, lançado em 2013. No Brasil, a ideia poderia prosperar sob nova roupagem, em uma versão mais “moderada”.

 

Metrópoles

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