Bagada escrito em 30 de Setembro de 2025

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou, nesta segunda-feira, a publicação de um edital para notificar o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) da denúncia por coação no processo da trama golpista, feita pela Procuradoria-Geral da União (PGR). O magistrado afirmou que o parlamentar está dificultando o recebimento da intimação para que apresente sua defesa.
Segundo Moraes, Eduardo está fora do Brasil para evitar a aplicação da lei. O deputado se mudou para os Estados Unidos no início do ano. "O denunciado, de maneira transitória, encontra-se fora do território nacional, exatamente, conforme consta na denúncia, para reiterar na prática criminosa e evadir-se de possível responsabilização judicial, evitando, dessa maneira, a aplicação da lei penal", escreveu o magistrado. "Além de declarar, expressamente, que se encontra em território estrangeiro para se furtar à aplicação da lei penal, também é inequívoca a ciência, por parte do denunciado Eduardo Nantes Bolsonaro, acerca das condutas que lhe são imputadas na denúncia oferecida nestes autos, sobre a qual também se manifestou por meio de nota divulgada na rede social X (antigo Twitter)", acrescentou.
Medida excepcional
Assim, conforme Moraes, "não restam dúvidas de que o denunciado, mesmo mantendo seu domicílio em território nacional, está criando dificuldades para ser notificado, possibilitando sua citação por edital". Esse tipo de notificação é uma medida excepcional quando alguém dificulta o recebimento da intimação. Nesse caso, é feita a publicação de um aviso em veículos oficiais, como jornais, diários da Justiça ou sites para informar o envolvido sobre um ato processual.
Eduardo é suspeito dos crimes de coação no curso do processo e obstrução de investigação. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, solicitou ao STF a apuração de uma suposta atuação do político para incitar o governo dos Estados Unidos a adotar sanções contra Moraes e outras autoridades no país.
Ele também é suspeito de atrapalhar o processo em que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi condenado pela Suprema Corte a 27 anos e 3 meses de prisão por tentativa de golpe de Estado, entre outros crimes.
Correios Braziliense
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