Bagada escrito em 14 de Agosto de 2025

O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, pagou à vista R$ 22 milhões por um apartamento de 158 m² em Key Biscayne, Miami, avaliado em US$ 4,1 milhões e registrado em nome da offshore Telube Florida LLC, formada com as iniciais da família. A compra foi feita na planta antes de sua chegada ao STF, com conclusão em 2014.
O condomínio de luxo Oceana cobra taxa mensal de US$ 2.827 (R$ 15,2 mil) e impostos anuais de US$ 50 mil (R$ 270 mil). O aluguel de unidade similar é anunciado por US$ 20 mil/mês (R$ 108 mil). O imóvel era usado pelo filho de Barroso, Bernardo, diretor do BTG Pactual, que deixou Miami após o governo Trump suspender vistos de oito ministros do STF. Caso Barroso seja atingido pela Lei Magnitsky, o bem pode ser bloqueado, mesmo registrado em nome de terceiros.
E fica a pergunta que não quer calar: qual fortuna permite desembolsar R$ 22 milhões à vista em um único apartamento? Quanto alguém precisa ganhar — de forma lícita — para manter um imóvel com condomínio de R$ 15 mil e impostos de R$ 270 mil por ano? São números que desafiam a realidade da maioria esmagadora dos brasileiros.
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