Bagada escrito em 25 de Outubro de 2025
O arroz com feijão — símbolo da mesa brasileira — está virando artigo de luxo. Segundo dados recentes da Embrapa, o consumo médio anual por pessoa caiu para 34 kg de arroz e apenas 14 kg de feijão. É o menor índice desde a década de 1960.
O que antes era a base da alimentação popular, agora sofre o reflexo de um país que produz muito, mas não garante o básico ao seu povo. E no meio disso tudo, surge o que muitos chamam de “efeito Lula”: um contraste gritante entre o discurso de fartura e a realidade de escassez que bate à porta das famílias.
A conta não fecha
Enquanto o governo celebra superávits, recordes de safra e dados macroeconômicos “animadores”, o prato do brasileiro continua cada vez mais vazio. Não é só o feijão que sumiu — é o poder de compra, a estabilidade e a sensação de segurança alimentar que estão indo embora.
Nos últimos anos, a inflação dos alimentos tem corroído o bolso de quem ganha salário mínimo. A classe média improvisa, e as famílias mais pobres substituem o feijão por macarrão instantâneo ou farofa. A pressa da vida moderna ajuda, mas o que mais pesa mesmo é o preço no caixa do supermercado.
Do prato ao retrato do país
Mesmo em restaurantes e buffets, o “casamento perfeito” de arroz com feijão vai perdendo espaço. É uma metáfora cruel: o Brasil que sempre se orgulhou da sua simplicidade agora paga caro até por ela.
Em tempos de slogans otimistas e promessas de prosperidade, o povo sente o contrário na marmita. O “efeito Lula”, neste caso, não é político — é prático: o trabalhador olha para o prato e percebe que o país que dizia “voltou a ser feliz” ainda não chegou à mesa dele.
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