Bagada escrito em 4 de Janeiro de 2024
A Praia de Areia Preta em Natal e Balneário Pium, em Parnamirim, figuram como dois pontos críticos para por apresentarem contaminação frequente ao longo de todo o ano, segundo o diretor-geral do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte (Idema), Werner Farkatt. Com a chegada do veraneio, o órgão ampliou de 33 para 51 os pontos de monitoramento no litoral potiguar, a fim de identificar, de forma mais abrangente, a qualidade das águas das praias do Estado. As análises ocorrem no escopo do Programa Água Azul, uma parceria do Idema com o IFRN.
A ampliação começou na semana passada e os resultados com a inclusão dos novos pontos devem começar a ser divulgados em meados de janeiro. De acordo com Werner Farkatt, diretor-geral do órgão ambiental, a classificação de contaminação das praias é feita com base em, pelo menos, cinco análises consecutivas, por isso a divulgação dos dados ampliados só ocorrerá no próximo mês. Semanalmente um boletim é emitido com a classificação das áreas próprias e impróprias para o uso. O mais recente é do último dia 29, e aponta que seis trechos dos locais analisados estão contaminados.
Os outros 27 foram classificados como próprios. Conforme o boletim, Praia de Areia Preta (Praça da Jangada), em Natal; Barra do Rio (Cata-vento), em Extremoz; Rio Pium (Balneário Pium e Ponte Nova), Pirangi do Norte (Apurn) ambos, em Parnamirim; e Foz do Rio Pirangi, em Nísia Floresta, estavam inadequados para uso. Nesta sexta-feira (06), um novo boletim deverá ser divulgado. A Praia de Areia Preta e Balneário Pium, classificados como locais de contaminação no boletim, são pontos sensíveis do litoral potiguar, com causas de contaminação semelhantes, segundo Werner Farkatt.
“Em Areia Preta, o problema está relacionado com a ligação clandestina de esgoto à rede de águas pluviais. Este é um ponto crítico dos bairros que circundam a região do Relógio do Sol. E, às vezes, por existir ali uma estação elevatória, pode acontecer, em um momento ou outro, alguma situação de extravasamento durante o processo de bombeamento do esgoto para a estação de tratamento”, explica. Em Pium, ressalta Farkatt, o esgoto também é um problema.
“O Balneário do Rio Doce em Pium e a Ponte Nova têm como foz um curso hídrico único – que passa pela Ponte, segue por trás, em Cotovelo, depois vai para Pirangi e desagua no oceano. O problema é que neste percurso, existem uma série de ocupações, onde as pessoas usam o sistema de fossa séptica e sumidouro. Como o aquífero naquela região é muito raso, a água acaba indo para o rio, onde são levados os contaminantes”, diz Farkatt.
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