Bagada escrito em 28 de Novembro de 2023
O ex-assessor do deputado André Janones (Avante-MG) Cefas Luiz afirmou à CNN que era comum a prática de rachadinha entre vários funcionários no gabinete do deputado em Brasília. O deputado federal nega as acusações.
“Vários funcionários passavam o dinheiro vivo ou algumas pessoas pagavam despesas dele [Janones], como compras de supermercado, restaurante, taxas de hospedagem em site, etc. Funcionários tinham que pagar do próprio bolso.”
Cefas Luiz também afirmou que a atual prefeita de Ituiutaba, em Minas Gerais, era ex-assessora de André Janones e responsável pelo dinheiro entregue por funcionários no gabinete.
“Leandra Guedes era namorada e assessora dele na época e ela era responsável por pegar o dinheiro de rachadinha dos funcionários. Nada era pago em banco. Era em dinheiro vivo”, relatou à CNN.
Cefas Luiz Paulino afirmou que trabalhou para André Janones de 2017 a 2022 e que decidiu deixar o cargo quando o parlamentar se aliou à campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). No site da Câmara dos Deputados, o nome dele aparece lotado em 2019 no gabinete do parlamentar como secretário parlamentar. O site também consta o nome de Cefas lotado em 2022.
Ele também enviou à CNN um áudio gravado no dia cinco de fevereiro de 2019 no anexo 4 da Câmara dos Deputados, atribuído a André Janones, em que ele fala sobre rachadinha. O áudio foi divulgado primeiro pelo site Metrópoles, e confirmado pela CNN. No áudio de 49 minutos, a que a CNN teve acesso, André Janones teria se reunido com funcionários e cobrado parte de salário de assessores para custear despesas.
“Tem algumas pessoas aqui que eu ainda vou conversar em particular depois que vão receber um pouco de salário a mais. E elas vão me ajudar a pagar as contas do que ficou da minha campanha de prefeito. Porque eu perdi 675 mil reais na campanha. Elas vão ganhar mais, só isso. Ah! Isso é devolver salário e você tá chamando de outro nome. Não é. Porque eu devolver salário você manda na minha conta e eu faço o que eu quiser. Né? Isso são simplesmente algumas pessoas que eu confio e que participaram comigo em 2016 e acho que elas entendem que realmente o meu patrimônio foi todo dilapidado. Eu perdi uma casa de 380 mil, um carro, uma poupança de 200 mil e uma previdência de 70 [mil]. Eu acho justo que essas pessoas também hoje participem comigo da reconstrução disso. Então não considero isso uma corrupção, porque isso é… algo que pode até… Não é segredo, não tem problema ninguém saber. A pessoa que é amigo, eu entendo que na hora que eu conversar vai se dispor a me ajudar”.
Tribuna do Norte
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