Os Estados Unidos emitiram nesta quinta-feira (18) um visto ao ministro da Saúde, Alexandre Padilha. O ministro ainda não definiu se participará da Assembleia Geral da ONU em Nova York e da Conferência da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) na próxima semana, onde acompanharia o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

De acordo com o ministério, a prioridade de Padilha é a tramitação da medida provisória do programa Agora tem Especialistas, embora haja expectativa de que ele consiga conciliar essa atividade com sua agenda internacional.

Em agosto, o visto da esposa e da filha do ministro foi cancelado pelos EUA. A autorização de Padilha para entrar no país não havia sido afetada pelo governo Trump porque já estava vencida. A restrição foi motivada pela participação de Padilha no acordo com Cuba para a criação do programa Mais Médicos, que recrutou profissionais de saúde cubanos.

No início da semana, Padilha fez um comentário irônico sobre o episódio, citando a música “Tô nem aí” da cantora Luka. O visto concedido a ele foi o G2, destinado a funcionários governamentais estrangeiros em visitas temporárias aos Estados Unidos.

Após lançar medidas de cuidado para pessoas com deficiência, o ministro afirmou que a concessão do visto é uma obrigação para países que sediem eventos da ONU e outros organismos internacionais. Segundo ele, essa autorização visa garantir o acesso das autoridades convidadas a esses eventos.

Padilha reafirmou que ainda está avaliando sua presença na Assembleia Geral da ONU, mas confirmou que participará da assembleia geral da OPAS. Ele explicou que a coincidência da sessão na ONU, em 25 de setembro, com a votação da medida provisória no Congresso leva à prioridade na tramitação legislativa.

A assembleia da OPAS está marcada para os dias 29 e 30 de setembro, quando a votação já terá sido concluída. Por isso, ele assegurou sua participação nesse evento por sua importância.

Além disso, há dois dias, o governo dos Estados Unidos também liberou o visto diplomático para o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, que foi informado pelo Itamaraty na terça-feira (16) sobre a liberação pelo Departamento de Estado.

Créditos: R7