Bagada escrito em 17 de Maio de 2024
Conhecidos também como ‘vape’, os cigarros eletrônicos ganharam popularidade por serem vendidos como uma alternativa menos prejudicial em relação ao cigarro comum. Contudo, especialistas têm apontado que o dispositivo eletrônico está associado a doenças e riscos similares aos da versão tradicional, como asma e enfisema pulmonar. Além disso, a Associação Brasileira do Sono (ABS) indicou, recentemente, que os vapes podem colaborar com mais um problema: noites maldormidas.
Presente tanto no cigarro comum quanto no eletrônico, a nicotina é uma substância psicoestimulante, assim como a cafeína. Apesar de num primeiro momento causar uma sensação de bem-estar e até relaxamento, num segundo momento, de acordo com a pneumologista e médica do sono da ABS, Jéssica Polese, contribui para deixar o usuário desperto, ligado e até mesmo ansioso, o que acaba resultando na privação do sono. “O vape tem uma quantidade superior de nicotina, o que acaba potencializando os efeitos dessa substância”, disse Jéssica.
Segundo a ABS, as substâncias presentes na fumaça e nos vapores inalados possuem propriedades inflamatórias, capazes de prejudicar as vias aéreas superiores. Isso pode levar ao surgimento de tosses frequentes e contribuir para o desenvolvimento de condições como rinite, sinusite e asma. Além disso, esses efeitos podem colaborar para o agravamento do ronco e da apneia obstrutiva do sono, caracterizada por obstruções parciais ou totais da garganta, resultando em pausas respiratórias curtas.
Estadão
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