Bagada escrito em 1 de Outubro de 2025

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou nesta quarta-feira (01) uma reformulação importante no calendário do futebol masculino. As mudanças começam a valer em 2026 e têm projeções até 2029.
A ideia é simples: reduzir a maratona de jogos dos grandes clubes e, ao mesmo tempo, ampliar as chances para times menores aparecerem em competições nacionais.
Por que mudar o calendário?
Nos últimos anos, alguns clubes da Série A chegaram a disputar mais de 70 jogos em uma única temporada. A sobrecarga virou alvo de críticas de técnicos, jogadores e torcedores.
Do outro lado, times de menor expressão acabavam parados por meses depois dos Estaduais, sem calendário nem receita.
O novo modelo tenta equilibrar esse cenário: menos partidas para quem joga no topo, mais competições para quem busca espaço.
Principais novidades
👉 Campeonatos Estaduais – passam de 16 para 11 datas. Isso alivia a agenda e evita conflitos com torneios nacionais.
👉 Copa do Brasil – cresce de 92 para 126 clubes em 2026, chegando a 128 em 2027. Além disso, os times da Série A só entram na 5ª fase, garantindo um descanso extra.
👉 Série A e Série B – seguem no formato atual, mas com ajustes nas datas. A Série A começa em 28 de janeiro e termina em 2 de dezembro, enquanto a Série B vai de 21 de março a 28 de novembro.
👉 Série C e Série D – a Série D já terá 96 clubes a partir de 2026, e a Série C será expandida aos poucos até 2028. A ideia é aumentar o acesso e a competitividade.
👉 Competições Regionais – volta da Copa Norte e Copa Centro-Oeste, além da criação da Copa Sul-Sudeste, com 12 times.
O que muda na prática?
Segundo a CBF, os efeitos serão claros:
15% menos jogos para clubes da Série A;
26% mais times no calendário nacional;
82 novas vagas em torneios da CBF;
Investimento de R$ 1,3 bilhão em competições;
Inclusão das 27 federações estaduais em torneios regionais.
Ou seja: mais clubes jogando, mais visibilidade para o futebol fora do eixo e menos maratona para os times da elite.
O desafio que vem aí
Apesar do discurso positivo, a mudança traz desafios. Federações estaduais vão precisar se adaptar à redução de datas nos Estaduais, e clubes menores terão de se estruturar para bancar viagens e logística nas competições nacionais.
Para os grandes, o descanso pode significar elencos mais preparados e menos lesões ao longo do ano. Já para os pequenos, é a chance de ganhar projeção nacional — mas só vai funcionar se houver apoio financeiro e organização.
Conclusão
O novo calendário da CBF promete mexer com o futebol brasileiro. Se der certo, pode significar um futebol mais equilibrado, competitivo e democrático. Mas a execução será o verdadeiro teste: organizar tantas mudanças sem gerar novos problemas é o maior desafio da entidade nos próximos anos.
Blog do Magão
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