🚨 A FARRA DAS FRAUDES NAS CORRIDAS DE NATAL

Natal vive uma verdadeira febre das corridas de rua. Praticamente todo fim de semana tem uma nova prova, organizada por assessorias, entidades ou empresas especializadas.
À primeira vista, o cenário é positivo: incentivo à prática esportiva, ocupação do espaço urbano, geração de renda, movimentação da cidade. Tudo isso é ótimo.

E como produtor de eventos, sei o quanto uma corrida mexe com a logística da cidade inteira — segurança, saúde, trânsito, turismo, alimentação, ambulância, fornecedores, pequenos negócios. É bom pra todo mundo.

Mas o que tem acontecido em Natal ultrapassa o limite. É grave. E beira o criminoso.

🚩 Estão fraudando as inscrições.
Pessoas se passando por idosos para pagar meia. Marcam no sistema que têm mais de 60 anos ou usam documentos de parentes para garantir o benefício.

Isso é falsidade ideológica.
Não é “jeitinho”, não é piada. É crime previsto no art. 299 do Código Penal:

“Omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia constar, ou nele inserir declaração falsa, com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante.”
Pena: 1 a 5 anos de reclusão.

E tem mais. Outra prática covarde: dividir o kit de inscrição entre dois atletas.
Um corre com a camisa do evento, o outro com o número de peito. Dois se beneficiando de uma só inscrição. Nome disso? Desonestidade.
Gente que se aproveita do esforço dos outros pra correr sem pagar nada.

Organizar uma corrida custa caro. Não é glamour, é ralação.
Tem investimento, autorizações, bombeiros, kits, segurança, ambulância, hidratação, cronometragem, equipe técnica, patrocínio, responsabilidade civil…
E aí vem um “espertinho” achando bonito burlar o sistema?

Isso enfraquece o setor, desestimula quem trabalha honestamente e ainda banaliza o crime.

As corridas de rua são um dos movimentos mais bonitos da cidade. Mas não podem virar palco para trambique.
Não pode ser só mais uma “festinha” pra quem acha que tudo é “de boa”.

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