Bagada escrito em 12 de Novembro de 2024
Na última sexta-feira (8), em meio à intensa cobertura das eleições nos Estados Unidos, um fato passou quase despercebido: o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) celebrou o quinto aniversário de sua libertação da prisão em Curitiba. Lula havia sido detido por 580 dias sob acusações de corrupção e lavagem de dinheiro, resultantes das investigações da Operação Lava Jato.
A comemoração aconteceu no Palácio da Alvorada, onde uma cerimônia ecumênica reuniu religiosos que apoiaram o ex-presidente durante seu período de encarceramento. Ao lado da primeira-dama, Janja Silva, Lula agradeceu aos presentes em suas redes sociais, destacando a importância da solidariedade que recebeu: “Vou carregar para todo o sempre a lembrança do que vocês fizeram. Somos irmãos, amigos, unidos no amor e na fé”, escreveu.
A ocasião ocorreu logo após uma reunião para discutir o pacote de corte de gastos do governo — encontro que, mais uma vez, terminou sem definições concretas. Durante a cerimônia, Lula relembrou os momentos vividos na carceragem da Polícia Federal em Curitiba, mencionando que gostaria de retornar ao local acompanhado da primeira-dama.
Lula foi preso em 7 de abril de 2018 e só recuperou a liberdade em 8 de novembro de 2019, após uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que lhe permitiu recorrer das condenações em liberdade. Em 2021, suas condenações foram anuladas por uma decisão do ministro Edson Fachin, posteriormente confirmada pelo plenário do STF por 8 votos a 3. A anulação ocorreu após o tribunal declarar a suspeição do ex-juiz Sergio Moro, que havia conduzido os julgamentos no âmbito da Lava Jato.
A defesa do ex-presidente sustentou que não havia conexão direta entre os desvios investigados na Petrobras e os imóveis ligados a Lula, como o famoso tríplex do Guarujá e o sítio de Atibaia. O argumento fez co que Fachin determinasse que a Justiça Federal do Paraná não tinha competência para julgar tais casos, levando à anulação das condenações.
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