Bagada escrito em 26 de Outubro de 2025
A decisão de hospedar o presidente Lula e a primeira-dama Janja em um iate de luxo durante a COP30, um evento voltado para a sustentabilidade e a preservação ambiental, é um contrassenso que beira o escárnio. Enquanto líderes mundiais discutem soluções para a crise climática, a escolha por um “barco privado” — garantido por um ministro e um empresário com interesses políticos — sinaliza uma desconexão gritante entre o discurso ambientalista e as ações do governo. Iates de luxo, notórios pelo alto consumo de combustíveis fósseis, como o diesel, estão longe de representar práticas sustentáveis, o que compromete a credibilidade do Brasil como anfitrião de um evento que deveria ser exemplo de compromisso ecológico.
Além disso, a rejeição de um navio da Marinha, que seria uma opção mais austera e alinhada com o espírito de responsabilidade pública, reforça a percepção de privilégio e elitismo. Lula, que prometeu uma COP30 sem “luxos”, parece ignorar o simbolismo negativo de se hospedar em um iate enquanto a população brasileira enfrenta desafios econômicos e ambientais. Essa escolha não apenas alimenta críticas sobre incoerência, mas também dá munição a opositores que questionam a seriedade do governo em liderar pelo exemplo em um momento crucial para o meio ambiente global.
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