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Bagada escrito em 10 de Novembro de 2025

Dívida pública em alta e responsabilidade fiscal em baixa: a bomba-relógio de Lula

Há muito tempo prevalece no mundo político a ideia de que o início de um mandato presidencial é o momento certo para enfrentar as pautas amargas. Cabe ao chefe do Executivo, recém-legitimado por milhões de votos, exercer o senso de responsabilidade e fazer não apenas o que os eleitores desejam, mas o que o país necessita. Em 2027, porém, essa não será apenas uma questão de bom senso — será uma imposição da realidade.

Quem assumir o comando do Planalto, seja Lula ou qualquer outro, encontrará um quadro de colapso iminente das contas públicas e uma regra fiscal profundamente desmoralizada. A “herança maldita”, expressão cara ao vocabulário petista, deixará de ser um recurso retórico para se tornar um fato incontornável.

O arcabouço fiscal, que foi fruto do esforço de Fernando Haddad, ministro da Fazenda, vendido pelo governo petista como símbolo de responsabilidade e equilíbrio nas contas públicas, ruiu diante da incapacidade do governo de cumprir as próprias regras. A lei que substituiu o antigo teto de gastos, concebida e aprovada pelo governo Lula em 2023, entrou em vigor com a promessa de impor limites ao avanço dos gastos públicos e de estabelecer metas para o resultado fiscal, isto é, a diferença entre o que o governo arrecada e o que de fato gasta. Mas o discurso de austeridade não resistiu ao primeiro teste da realidade.

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