Após se despedir do ABC no dia 30 de abril, o meia Allan Dias entrou com um processo no Tribunal Regional do Trabalho da 21ª região por responsabilidade civil em outras relações de trabalho e indenização por danos morais contra o alvinegro. A data de distribuição do processo é da última quarta-feira (31), e de acordo com informações disponibilizadas pelo Jusbrasil, o valor da causa está fixado em R$ 298.705,12.

A Tribuna do Norte procurou Ricardo Furtado, vice-presidente de administração do ABC, para falar sobre a situação. De acordo com Furtado, Allan Dias desejava "uma espécie de estabilidade provisória" pelo tempo em que ficou afastado por lesão. "Só que o ABC não suspendeu o contrato de trabalho durante esse período e, em vez de deixá-lo sob benefício do INSS, permaneceu cumprindo normalmente o contrato", afirmou o dirigente.

"Se ele tivesse esse direito, o clube teria respeitado sem nenhum problema. É contraditório ter sido beneficiado com o cumprimento regular do contrato (durante o tempo da lesão) e, depois, requerer um direito próprio de quem tem contrato suspenso e passa a receber no limite do benefício do INSS", explicou Furtado.

Allan Dias foi contratado pelo ABC em agosto de 2021. Durante os dois anos em que vestiu a camisa alvinegra, o meia disputou 36 jogos pelo clube, marcando 19 gols e conquistando dois acessos, da Série D para Série C, e da Série C para Série D, além do título de Campeão Potiguar de 2022. Querido pela torcida alvinegra, o atleta se machucou na final do segundo turno do Campeonato Potiguar em 2022, ficando fora dos gramados por cerca de oito meses.

"Lamentamos que o atleta tenha tomado essa decisão. Nossas alegações jurídicas serão apresentadas na justiça do trabalho", finalizou o vice-presidente de administração do clube. A Tribuna do Norte tentou entrar em contato com Allan Dias, mas não obteve retorno até o término desta matéria.