Canetas, água mineral, entre outros produtos. Antes de entrar no campus central do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN), em Natal, para fazer a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (2023), o estudante Gilberto Gabriel Pereira, de 17 anos, passou mais de duas horas vendendo mercadorias para os demais candidatos que chegavam ao local, neste domingo (5).

O estudante chegou à escola por volta das 10h, junto com a mãe, a manicure Gilanea Alves. Por volta das 12h30 deixou as mercadorias que ainda restavam com ela e entrou para a prova. Gilberto afirma que pretende estudar jornalismo ou publicidade e propaganda.

"Meu coração fica disparado a todo momento. Porque tem as coisas que eu trouxe para vender, tem que deixar minha mãe aqui fora. Se eu passar nessa prova, é uma oportunidade de mudar de vida. Sinto orgulho da minha mãe estar me ajudando", afirmou.

Gilanea conta que o filho foi convidado por um tio para trabalhar vendendo vasos de flores em um cemitério da região metropolitana de Natal no último feriado de Finados, no dia 2 de novembro.

Após receber o pagamento pelo dia de trabalho, o jovem decidiu comprar mercadorias para vender no Enem.

"Ele sempre foi um menino muito estudioso e tem esse espírito empreendedor. Gosta de se comunicar, de participar de tudo da escola, da igreja. Eu sei que o futuro dele será maravilhoso. Eu gosto de apoiar tudo que ele faz, fechei minha agenda hoje no salão e vim ajudar ele" conta a mãe.

G1 RN