Bagada escrito em 15 de Novembro de 2023
Os servidores da Superintendência Regional do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (DNIT) no Estado do Rio Grande do Norte levantaram preocupações sérias em relação às ações do atual Superintendente Regional, Getúlio Batista da Silva Neto. Desde maio deste ano, quando foi nomeado para o cargo pelo vice-governador do RN, Walter Alves, os funcionários alegam que diversas condutas podem caracterizar a prática de improbidade.
Em um documento encaminhado ao diretor-geral do órgão, com cópia para o corregedor e auditor, os servidores destacam uma série de questões, incluindo a substituição excessiva e questionável de empregados terceirizados, que, segundo eles, violam o princípio da impessoalidade na administração, devido à falta de fiscalização dos contratos. Além disso, apontam condutas irregulares na substituição de empresas de mão de obra, desconsiderando as normas estabelecidas no Manual de Diretrizes de Gestão, Acompanhamento e Fiscalização do DNIT.
Os servidores também denunciam a contratação, através de mão de obra terceirizada, de um motorista que não apenas dirige os veículos oficiais do DNIT, mas também o veículo particular de Getúlio durante o expediente, caracterizando um possível ato de improbidade. O documento ressalta preocupações técnicas em relação à obra de recuperação da ponte de Igapó, danificada por uma explosão criminosa. Segundo os servidores, o posicionamento de Getúlio teria tentado minimizar a gravidade da situação.
Diante dessas denúncias, os servidores solicitam uma auditoria interna e a avaliação da corregedoria para a abertura de um processo Administrativo Disciplinar.
Getúlio Batista assumiu a Superintendência Regional do DNIT em maio deste ano, apesar das críticas de aliados do presidente Lula, uma vez que ele era presidente do PTB, apoiador de Jair Bolsonaro nas eleições de 2022 e crítico ferrenho do governo do PT. A indicação ao cargo foi feita pelo vice-governador Walter Alves (MDB). Getúlio, administrador e empresário, já ocupou cargos públicos anteriormente e foi primeiro suplente de deputado estadual. Apesar de sua amizade pessoal com Walter Alves, ele permaneceu neutro em relação ao Governo do Estado.
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