Bagada escrito em 21 de Agosto de 2023
Os governadores enfrentaram no primeiro semestre do mandato queda de receitas e alta de despesas, puxada principalmente por gastos com pessoal, que têm natureza permanente. Dados dos 26 Estados e Distrito Federal mostram que a receita tributária caiu 7,8% em termos reais contra iguais meses de 2022, pressionando a receita corrente, que recuou 2,3%. No mesmo período as despesas correntes cresceram 4,7% reais, com avanço de 6,6% no gasto com pessoal. Investimentos seguiram a lógica do ciclo eleitoral e caíram 27,4%.
No Rio Grande do Norte a folha de pagamentos é um dos grandes desafios para 2023, diz Carlos Eduardo Xavier, secretário da Fazenda potiguar. Ele conta que parte do 13 salário de 2022 foi pago em janeiro deste ano e em 2023 o atraso não deve se repetir. A despesa de pessoal no Estado cresceu 16,2% de janeiro a junho deste ano na comparação com iguais meses de 2022, o que contribuiu para a despesa corrente avançar 15,4%. Nos 12 meses encerrados em abril a despesa de pessoal do Poder Executivo no Estado fechou em 56,68% da Receita Corrente Líquida. O teto para esse gasto é de 49%.
Xavier, que também é presidente do Comsefaz, comitê que reúne secretários estaduais de Fazenda, lembra que em 2022 as receitas do segundo semestre foram frustradas com a redução de ICMS imposta aos Estados, o que dificultou o equilíbrio de contas do governo.
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