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Bagada escrito em 16 de Agosto de 2024

Raridade: Lula fala em deixar cargo após este mandato e não menciona reeleição

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), falou nesta sexta-feira, 16, em deixar a presidência em 31 de dezembro de 2026, quando acaba seu atual mandato. O petista ainda pode tentar a reeleição na próxima disputa nacional.

A menção de Lula foi durante resposta sobre a obra da BR 290, em entrevista à Rádio Gaúcha. “Antes de eu deixar a presidência, dia 31 de dezembro de 2026, nós vamos inaugurar essa rodovia”, disse o petista.

A declaração do presidente contraria seus últimos posicionamentos sobre o tema, mas reafirma seu discurso de campanha eleitoral. Em 2022, enquanto ainda era candidato, Lula afirmava que este mandato seria sua última participação na política – tanto pela sua idade quanto pela necessidade de renovação na esquerda.

Após o resultado das urnas e a posse, entretanto, o petista passou a cogitar a possibilidade de uma segunda reeleição e um quarto mandato. Ainda no começo de 2023, Lula disse que a decisão de concorrer à Presidência novamente dependeria do contexto político do País até o final do mandato e de suas condições de saúde. Em 2026, quando a gestão atual acabar, Lula terá 81 anos.

O petista ressaltou, porém, que esse não era o cenário que imaginava ser mais realista, àquela época. “Se eu puder afirmar agora, digo, não serei candidato em 2026″, declarou Lula. “Agora, se chegar em um momento que tiver situação delicada e eu estiver com saúde… Eu só posso ser candidato com saúde perfeita, com 81 de idade, energia de 40 e tesão de 30.”

Já em 2024, o presidente afirmou que não era candidato por ora e que há outros nomes fortes para fazer uma boa gestão do País. Ainda assim, ele disse, a possibilidade não estava descartada, ainda mais “se for necessário para evitar que trogloditas voltem a governar”.

Ele reforçou, na ocasião, que teria avaliar suas condições físicas antes de lançar uma nova candidatura, mesmo que diante de um candidato de extrema direita ou alinhado ao bolsonarismo. “Não permitirei que o Brasil seja novamente governado por negacionista”, disse o petista.

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