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Bagada escrito em 10 de Dezembro de 2025

Quadro de saúde de Bolsonaro piora na prisão e defesa pede que Moraes autorize novas cirurgias

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) protocolou nesta terça-feira (9) um pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que ele seja autorizado a realizar cirurgias no Hospital DF Star, em Brasília, e para que cumpra prisão domiciliar por razões humanitárias. Bolsonaro está preso desde 22 de novembro na Superintendência da Polícia Federal, após condenação por tentativa de golpe de Estado.

 

No documento, os advogados afirmam que Bolsonaro apresenta crises persistentes de soluço e agravamento de uma hérnia inguinal, condições que, segundo eles, demandam intervenções cirúrgicas imediatas. A equipe médica sugeriu duas operações: um bloqueio anestésico do nervo frênico, para conter a hiperatividade diafragmática responsável pelas crises de soluço, e uma herniorrafia inguinal convencional.

 

Segundo laudo médico anexado ao pedido, Bolsonaro “tem se queixado de dores e desconforto na região inguinal, potencializados pelo aumento de pressão abdominal intermitente, causada pelas crises de soluços”. As intervenções exigiriam, de acordo com a equipe médica, internação hospitalar com duração estimada de cinco a sete dias sob anestesia geral.

 

A defesa também argumenta que o agravamento do quadro clínico torna incompatível a permanência do ex-presidente em ambiente prisional. Os advogados afirmam que Bolsonaro apresenta comorbidades que elevam o risco cardiovascular e requerem monitoramento constante e atendimento imediato em caso de instabilidade.

 

Os representantes legais sustentam que a manutenção da prisão preventiva oferece “risco claro, imediato e concreto à vida” do ex-presidente. No mesmo pedido, rebatem os fundamentos utilizados anteriormente para converter o regime domiciliar em prisão preventiva, classificando como inexistente o risco de fuga. A defesa justifica o episódio da tentativa de violação da tornozeleira eletrônica com base em um suposto quadro de confusão mental.

 

Até o momento, o Supremo Tribunal Federal ainda não se manifestou sobre o pedido. Jair Bolsonaro foi condenado a 27 anos e três meses de prisão e permanece detido preventivamente.

 

Reprodução: conexão política


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