Esta semana deve haver ajustes nos preços dos combustíveis nos principais postos do Brasil, impulsionados inicialmente pela rede Ipiranga. Na sexta-feira (7), a empresa comunicou a sua rede sobre o aumento de preços, que entrará em vigor na terça-feira (11).

Esse reajuste é atribuído a uma medida provisória da equipe econômica do Governo Lula, destinada a compensar a desoneração da folha de pagamento para 17 setores e pequenos municípios. Sob a liderança de Fernando Haddad (PT), a medida restringiu o uso de créditos tributários de PIS/Cofins. Em alguns casos, ela limita o ressarcimento em dinheiro e, em outros, determina que as empresas não podem mais usar esses créditos para abater o pagamento de outros tributos, como imposto de renda e contribuição previdenciária.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), o impacto dessa mudança para o setor de combustíveis será de pelo menos R$ 10 bilhões. Isso pode resultar em um aumento no preço da gasolina de 4% a 7% e no preço do diesel de 1% a 4%.

Atualmente, segundo o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo (Sincopetro), apenas a Ipiranga anunciou o aumento dos preços, mas a expectativa é que outras distribuidoras sigam o mesmo caminho nos próximos dias.

Em comunicado, a Ipiranga afirmou que “segue uma política de preços alinhada aos parâmetros vigentes, atendendo às normas setoriais.” O Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Campinas (Recap) informou que representantes de outras distribuidoras têm indicado verbalmente que os aumentos ocorrerão entre terça e quarta-feira.