Bagada escrito em 13 de Junho de 2024
A Polícia Federal concluiu que Juscelino Filho, ministro das Comunicações do governo Lula, está envolvido em uma organização criminosa e cometeu corrupção passiva relacionada ao desvio de recursos de obras de pavimentação financiadas pela estatal federal Codevasf. Juscelino foi indiciado por suspeita de organização criminosa, lavagem de dinheiro, corrupção passiva, falsidade ideológica e fraude em licitação.
As suspeitas giram em torno de irregularidades em obras realizadas em Vitorino Freire (MA), cidade governada por Luanna Rezende, irmã de Juscelino. Essas obras foram financiadas por emendas parlamentares indicadas por Juscelino quando ele ainda era deputado federal. Um dos elementos-chave para a investigação é um relatório da Controladoria-Geral da União (CGU), que aponta que uma das obras beneficiou propriedades da família do ministro. O relatório final do caso foi enviado ao ministro Flávio Dino, relator do inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF).
A investigação começou a apurar suspeitas de desvios em obras da Codevasf, particularmente aquelas executadas pela empresa Construservice. Segundo a PF, o sócio oculto dessa empresa é o empresário Eduardo José Barros Costa, conhecido como Eduardo DP. Juscelino Filho passou a ser investigado após a PF encontrar mensagens trocadas entre ele e Eduardo DP no celular do empresário, apreendido durante a primeira fase da operação Odoacro. Essas mensagens revelam diálogos sobre a execução de obras e a destinação das emendas parlamentares.
As investigações da PF sobre a atuação da Construservice em contratos com a Codevasf tiveram origem em reportagens publicadas pela Folha de São Paulo em maio de 2022. O jornal revelou que a empreiteira havia se destacado em licitações da Codevasf, apesar dos indícios de crimes envolvendo seu suposto dono, Eduardo DP.
Direita Online
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