Bagada escrito em 19 de Dezembro de 2023
Testemunhas ouvidas pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) disseram que o policial federal Francisco Elionezio Braga Oliveira — morto com tiro de fuzil disparado por um policial militar na noite de domingo, durante abordagem em um quiosque da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio — agrediu um dos PMs com um tapa no rosto antes de ser ferido.
Segundo o relato das testemunhas, o agente federal não se identificou como policial ao ser abordado. O disparo teria ocorrido após a agressão, quando o agente pegou uma arma e caminhou em direção ao militar. Francisco usava uma pistola Glock, calibre nove milímetros, que pertenceria à Polícia Federal. O armamento foi encontrado pelos policiais da DHC com dois projéteis sobrepostos, o que caracterizaria que houve tentativa de disparo. Uma pane na arma teria interferido, no entanto, na realização do tiro.
Para tentar sanar a dúvida sobre a realização ou não de um disparo por parte da vítima, policiais da DHC com apoio de agentes da Coordenadoria de Recursos Especiais realizam, nesta segunda-feira, uma perícia no quiosque onde a morte ocorreu. Por duas horas, peritos, com auxílio de um detector de metais e de um cão farejador, vasculharam uma área do estabelecimento, num trecho da areia da praia, onde ficam duas amendoeiras e alguns bancos e mesas. Nada, no entanto, foi encontrado. O PM, que admitiu ser o responsável pelo tiro que atingiu Francisco, prestou depoimento na especializada. Ele apresentou um fuzil e uma pistola.
Duas mulheres estariam acompanhando o policial federal no quiosque. Elas teriam tentando interferir durante a confusão, mas uma delas foi baleada nas nádegas. Ela foi medicada no Hospital Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, e recebeu alta. A informação inicial recebida pela Polícia Civil é a de que o mesmo tiro que matou o agente federal também teria atingido a mulher. Os dois casos são investigados pela Delegacia de Homicídios da Capital.
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