A Petrobras divulgou nesta quinta-feira, 8, os resultados do segundo trimestre de 2024, registrando um prejuízo de R$ 2,6 bilhões.

Esse foi o primeiro resultado negativo da estatal nos últimos quatro anos. No mesmo período de 2023, a Petrobras havia registrado um lucro líquido de R$ 28,7 bilhões.

O resultado negativo surpreendeu o mercado, que esperava um lucro líquido entre R$ 11 bilhões e R$ 14 bilhões para o trimestre.

Este foi o primeiro balanço divulgado pela Petrobras sob a presidência de Magda Chambriard, que assumiu o comando da empresa há dois meses.

O último prejuízo trimestral da Petrobras havia ocorrido no terceiro trimestre de 2020, quando as contas da estatal foram fortemente impactadas pela pandemia de Covid-19, afetando a cotação internacional do petróleo e as vendas de combustíveis.

Alta do endividamento

No segundo trimestre, o endividamento líquido da Petrobras atingiu US$ 46,16 bilhões, um aumento de 5,8% em relação ao fim de março, quando era de US$ 43,64 bilhões. Em junho de 2023, esse montante era de US$ 42,17 bilhões.

Com isso, a alavancagem financeira, medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda ajustado, subiu para 0,95 vez, comparado a 0,86 vez no fim de março e 0,74 vez em junho de 2023.

A Petrobras explicou que o resultado do trimestre foi afetado pela desvalorização do real frente ao dólar e pelo acordo bilionário firmado com o governo para encerrar litígios tributários relacionados ao pagamento de afretamento de embarcações.

A estatal também anunciou o pagamento de dividendos e Juros sobre Capital Próprio (JCP) no valor total de R$ 13,57 bilhões, ou R$ 1,05320017 por ação ordinária e preferencial em circulação.