O Governo do Estado do Rio de Janeiro confirmou nesta sexta-feira (1º) a identificação de 99 criminosos mortos durante a megaoperação realizada na terça-feira (28) nos complexos da Penha e do Alemão, na zona norte da capital fluminense. Segundo as forças de segurança, 78 possuíam antecedentes criminais e 42 estavam com mandados de prisão em aberto no momento da ação.

A operação, considerada a mais efetiva na neutralização de integrantes da facção criminosa Comando Vermelho, teve como ponto o desmantelamento de lideranças com atuação interestadual. Entre os mortos, estão chefes do tráfico em diversas regiões do país.

A lista divulgada pelas autoridades inclui PP, apontado como chefe do tráfico no Pará; Chico Rato e Gringo, líderes em Manaus (AM); Mazola, comandante em Feira de Santana (BA); DG e FB, com atuação na Bahia; Fernando Henrique dos Santos, responsável por operações em Goiás; Rodinha, liderança do tráfico em Goiânia (GO); e Russo, identificado como o principal nome da facção em Vitória (ES).

De acordo com o secretário da Polícia Civil do Rio, Felipe Curi, os complexos da Penha e do Alemão funcionavam como “centros operacionais” da organização criminosa. “Dessas comunidades partem todas as ordens e diretrizes para os estados onde o Comando Vermelho tem atuação”, afirmou.

A Secretaria de Segurança Pública (SESP) informou que a ação foi baseada em investigações da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) e mobilizou cerca de 2.500 agentes das polícias Civil e Militar. A estratégia era de cumprir 100 mandados de prisão e conter a expansão territorial da facção, que tem ampliado sua influência em estados como Pará, Amazonas, Bahia, Goiás e Espírito Santo.

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