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Bagada escrito em 5 de Agosto de 2024

Nullos: pacientes recorrem à cirurgia clandestina para ter sexo neutro

Ao nascer, todas as crianças são designadas com um gênero, masculino ou feminino, de acordo com os genitais que vieram ao mundo. Se esta divisão parece simples e lógica, então você, provavelmente, não têm reparado no seu redor.

Os tempos atuais são caracterizados por uma multiplicidade que, entre outros, compreende trans, não-binários e nullos. Os trans são pessoas que não se identificam com o sexo que nasceram – alguns optam, inclusive, por assumir o oposto.

Os não-binários não seguem os gêneros tradicionais – não são meninas e nem meninos na maneira como se apresentam ao mundo. Os nullos, por sua vez, radicalizam as classificações e decidem fazer intervenções cirúrgicas para apagar suas genitálias.

“Existem vários fatores que precisamos considerar na relação de pertencimento de uma pessoa a um gênero e eles vão muito além dos órgãos genitais. Quem irá definir o gênero é o próprio paciente, a partir de sua reflexão pessoal, também é ele que decide se há necessidade ou não de fazer cirurgias para afirmação de gênero”, explica o psiquiatra Guilherme Veiga, chefe do ambulatório LGBTQIA+ do Hospital Universitário da Universidade de Brasília (UnB).

A proporção de pessoas que decidem operar os genitais é, na realidade, muito pequena. O cirurgião José Martins Júnior, especialista em procedimentos de redesignação sexual, estima que 95% das mulheres trans [designadas no sexo masculino ao nascer] não têm disforia genital e não fazem cirurgias para modificar seu sexo.

Metrópoles

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