Bagada escrito em 24 de Julho de 2024
Quando assumiu a Presidência da República, em 1° de janeiro de 2023, Lula (PT) subiu a rampa do Palácio do Planalto acompanhado de representantes da sociedade civil (foto) — uma mulher negra, uma pessoa com deficiência, um indígena, uma criança negra e um operário —, da primeira-dama Janja, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e sua esposa, Lu Alckmin.
O petista discursou, então, para dizer que iria “governar para 215 milhões de brasileiros”. Um ano e sete meses depois, as mortes de mulheres, indígenas e pessoas LGBTQIA+ avançaram, e seu governo optou por manter silêncio sobre o assunto.
Mulheres
Dados do 18º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado na quinta-feira, 18, mostram que houve crescimento de casos em todos os tipos de violência contra mulheres no Brasil em 2023. Em números absolutos, as ameaças foram a forma de violência mais comum, com 778.921 casos no ano passado, um aumento de 16,5% em relação a 2022.
Com 77.083 registros em 2023, o stalking, ou perseguição, teve a maior alta percentual: 34,5%. Já as tentativas de homicídio contra mulheres cresceram 9,2%, com 8.372 casos registrados, enquanto as tentativas de feminicídio subiram 7,1%, com 2.797 ocorrências.
Os feminicídios, por sua vez, subiram 0,8% no ano passado, totalizando 1.467 vítimas em 2023. Entre as vítimas, 63,6% são negras.
LGBTQIA+
Os assassinatos de pessoas LGBTQIA+ aumentaram 42% em comparação a 2022, com 214 casos. O estado com maior número de ocorrências foi o Ceará, com 44, seguido por Maranhão, com 34, e Minas Gerais, 32.
Os crimes de lesão corporal aumentaram 21,5% no ano passado, com 3.673 casos, ante 3.024 de 2022. Os homicídios dolosos, por sua vez, avançaram 41,7% em 2023, com 214 casos, e os estupros subiram 40,5%, com 354 registros.
Indígenas
Os assassinatos de indígenas também cresceram no primeiro ano do governo Lula, com avanço de 15,5% em 2023 e 208 mortos. No ano anterior, último da gestão de Jair Bolsonaro (PL), foram 180 assassinatos de indígenas no Brasil, segundo dados do relatório Violência Contra os Povos Indígenas no Brasil, publicado na segunda-feira, 22, pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi).
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