Um caso que chamou a atenção no Rio Grande do Norte há pouco mais de um ano teve um desfecho diferente do “tribunal da sociedade”, que condenou, de maneira precipitada, as professoras e mães Vândiner Ribeiro, 50, e Ivana Teixeira, 51. O casal foi acusado de maus-tratos, tortura psicológica e agressões contra duas filhas adotivas.

A situação ganhou ampla repercussão, no ano passado, com as mulheres sendo indiciadas e presas de maneira preventiva e as filhas sendo retiradas do convívio familiar. Meses depois, elas provaram na Justiça Estadual a própria inocência, mas o peso da prisão e os traumas são sequelas que as mães vão carregar na vida por muito tempo.

“Ficamos proibidas de sair de Parnamirim por quase 10 meses. Nesse período, não tínhamos a menor condição de trabalhar. Pedimos uma licença médica e, nesse período, tivemos depressão, ansiedade, crise de pânico, estresse pós-traumático, precisamos tomar remédio, engordamos. Tivemos nossa saúde degradada. Ficamos de cama praticamente durante todo esse período. Tivemos e estamos ainda com sequelas bastante gravesl”, explica a professora universitária Ivana Teixeira, que é casada com a também professora universitária Vândiner Ribeiro há 12 anos.

Tribuna do Norte