Bagada escrito em 19 de Novembro de 2024
Na operação Contragolpe, deflagrada nesta terça-feira (19), investigações apontaram, segundo informações de Lauro Jardim, do jornal O Globo, que os militares envolvidos demonstravam impaciência e frustração com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e as Forças Armadas, recorrendo a palavrões em mensagens trocadas durante o suposto planejamento de um golpe de Estado.
De acordo com os autos, conforme a matéria, o grupo expressava preocupação com uma recusa de Bolsonaro de aplicar supostos planos antidemocráticos.
Em dezembro de 2022, o general da reserva Mario Fernandes teria enviado um áudio ao então ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, general Luiz Eduardo Ramos, pedindo que ele protegesse Bolsonaro de conselhos contrários à assinatura do suposto decreto golpista. “Blinde o presidente contra qualquer desestímulo, qualquer assessoramento diferente”, teria dito Fernandes.
A matéria menciona que, já frustrado diante da postura de espera adotada pelas Forças Armadas, Fernandes enviou uma mensagem ao coronel Reginaldo Vieira de Abreu, externando sua ansiedade: “Cara, porra, o presidente tem que decidir e assinar esta merda, porra.”
O coronel Reginaldo, por sua vez, teria sinalizado insatisfação com a insistência de Bolsonaro em mencionar os limites constitucionais. “O senhor me desculpe a expressão, mas quatro linhas é o caralho. Quatro linhas da Constituição é o caceta”, escreveu ele, em novembro, referindo-se à famosa declaração do ex-presidente sobre sempre agir “dentro das quatro linhas da Constituição”.
A operação Contragolpe, autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, investiga um suposto esquema que teria planejado o homicídio de autoridades eleitas, incluindo Luiz Inácio Lula da Silva e Geraldo Alckmin, além de ataques ao STF e ao Congresso Nacional. Os envolvidos, em sua maioria militares, são acusados de elaborar um plano chamado ‘Punhal Verde e Amarelo’.
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