Bagada escrito em 20 de Dezembro de 2025
Muita gente acha que mexer no celular antes de dormir é inofensivo.
Mas a ciência mostra exatamente o contrário.
A exposição à luz intensa das telas à noite bloqueia a produção de melatonina, o hormônio que sinaliza ao cérebro que é hora de dormir. Sem esse sinal, o cérebro permanece em estado de alerta — mesmo com o corpo cansado.
Um estudo controlado conduzido por pesquisadores de Harvard mostrou que o uso de telas brilhantes por apenas 1 a 2 horas antes de dormir foi suficiente para:
- reduzir a melatonina em cerca de 23%
- atrasar o relógio biológico em aproximadamente 1h30
- diminuir a sonolência noturna
- reduzir o sono REM
- aumentar a sensação de cansaço no dia seguinte
Outro estudo demonstrou que a exposição à luz forte à noite pode atrasar a melatonina de forma semelhante ao efeito da cafeína — daí a comparação com "duas xícaras de café".
E o ponto mais ignorado: mesmo depois de desligar o celular, a qualidade do sono pode permanecer prejudicada por dias.
Para o cérebro, essa luz noturna funciona como um sinal de jet lag, não como um estímulo de relaxamento.
Sono não é luxo. Ele regula hormônios, metabolismo, humor, memória, recuperação cerebral e longevidade.
Algumas estratégias simples que realmente ajudam:
- reduzir telas 60-90 minutos antes de dormir
- usar iluminação quente e baixa à noite
- ativar filtros de luz quente se precisar usar o celular
- manter o quarto escuro e fresco
- buscar luz natural pela manhã para regular o ritmo circadiano
Seu sono é a base de toda a saúde cerebral e metabólica.
As vezes, a decisão mais terapêutica do dia é simples:
desligar o celular e ir dormir.
Reprodução: Dra Mariana Uebel



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