Bagada escrito em 31 de Julho de 2023
Embalados pela batida da música eletrônica, jovens às centenas se aglomeravam na pista do icônico Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, em uma dessas concorridas festas da noite carioca. Na balada, acompanhada pela reportagem de VEJA, consumiam-se substâncias ilícitas sem cerimônia — entre elas, maconha, lança-perfume e MDMA.
Mas avistava-se também uma droga menos conhecida, que gerava curiosidade e era ingerida por vários dos que ali estavam: o Venvanse, medicamento recomendado para tratar certos males, vendido inclusive em farmácias, que as novas gerações começam a adotar para um contraindicado uso recreativo.
A droga, produzida e comercializada no Brasil pela multinacional japonesa Takeda Pharma, é feita à base de dimesilato de lisdexanfetamina, derivado mais moderno da anfetamina. Sob prescrição médica, costuma ser recomendada como moderador de apetite em tratamentos contra a compulsão alimentar e também para elevar a concentração dos portadores de transtorno do déficit de atenção com hiperatividade, o TDAH.
Nesses específicos casos, os benefícios obtidos compensam o risco, impresso na tarja preta da embalagem, onde a fabricante avisa: “O remédio pode causar dependência física ou psíquica”. O uso recreativo tem impulsionado as vendas do medicamento a ponto de estar em falta em diversas farmácias do país, de onde desaparecem para abastecer um mercado ilegal muito fácil de acessar.
VEJA
Comentários