Bagada escrito em 27 de Maio de 2025

A Maternidade Escola Januário Cicco (MEJC) foi a unidade de saúde escolhida para receber, nesta segunda-feira (26), a visita fiscalizatória da Comissão de Saúde, Previdência e de Assistência Social da Câmara Municipal de Natal. Instalada em um prédio de elevado valor arquitetônico e histórico, a MEJC é uma instituição de Assistência, Ensino, Pesquisa e Extensão em Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Norte e está sob gestão da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares – Ebserh. Caracterizada como um hospital de referência terciária do SUS, atualmente funciona com 128 leitos. Estiveram presentes na visita a vereadora Camila Araújo (União Brasil) e os vereadores Cláudio Custódio (PP), João Batista (DC) e Cleiton da Policlínica (PSDB).
Para a presidente da Comissão, vereadora Camila Araújo, o balanço da visita foi positivo. "A Maternidade Januário Cicco é um equipamento muito importante para a saúde materna, cuidado neonatal e a saúde reprodutiva da mulher. Trata-se de uma instituição federal, mas pactuado com a Prefeitura de Natal, ou seja, existe uma contratualização com os serviços do município e aqui atende as parturientes que são de alto risco. Por exemplo, aquele pré-natal que evoluiu para um quadro perigoso. A maternidade não consegue atender mais gestantes por causa da limitação do espaço físico", pontuou.
"No mais, é um hospital de ponta, bem equipado, adequado. A gente sai daqui com uma impressão muito positiva, com compromisso ainda maior de lutar pela saúde da mulher potiguar e, sobretudo, das nossas munícipes. Lembrando que estamos numa maternidade escola, que forma 1.800 profissionais por ano, bastante necessária para o futuro da nossa saúde. A nossa grande preocupação é com a alta demanda enfrentada pela unidade, que chega a superlotar em algumas ocasiões", concluiu a parlamentar.
Em seguida, o vereador Cláudio Custódio observou que a MEJC trabalha com frequência acima da sua capacidade. "Até a semana passada estava operando numa situação de superlotação. O contrato é com o município do Natal, mas sabemos que várias regiões do Estado mandam as suas gestantes para a maternidade. Estamos diante de um problema estrutural e histórico, pois a própria direção do hospital afirmou ser um problema que persiste há décadas. Portanto, temos que discutir e buscar a solução para oferecer mais segurança para as mulheres que acessam os serviços de saúde na cidade".
Marcelo Lorençato, gerente de Atenção à Saúde da Maternidade, disse que a prioridade da instituição é o acolhimento. "Procuramos acolher todas as mulheres que precisam de atendimento, principalmente em relação à gestação de alto risco. Então, somos um dos únicos hospitais que recebem todas essas pacientes e em certos momentos isso acaba angustiando quem está na linha de frente, como o plantonista que recebe as gestantes. Em tempo: a gente não vai deixar nenhum paciente sem atendimento. Acontece que isso vai sobrecarregando o serviço. Essa sobrecarga ocorre na internação, no centro cirúrgico, na enfermaria. Vira um fenômeno em cascata. Uma coisa sobrecarrega a outra, o que preocupa a todos, do profissional ao paciente".
Texto: Junior Martins
Fotos: Elpídio Júnior
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