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Bagada escrito em 26 de Dezembro de 2025

Governo divulga quatro marcas de café consideradas impróprias para o consumo

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) declarou na segunda-feira (22) que 23 lotes de café de quatro marcas são impróprios para consumo. O órgão recomenda que consumidores que tenham adquirido esses produtos suspendam o uso e solicitem a substituição, conforme prevê o Código de Defesa do Consumidor.


Os lotes afetados pertencem às marcas ‘Terra da Gente’, ‘Jalapão’, ‘Made in Brazil’ e ‘Q-Delícia’. Do total, 18 são da Terra da Gente, dois da Jalapão, dois da Made in Brazil e um da Q-Delícia.


O Mapa apontou que os cafés foram desclassificados devido à presença de ‘matérias estranhas’ e impurezas acima do limite legal de 1%, definido na portaria que estabelece o padrão oficial de classificação do café torrado.

 

Segundo o ministério, matérias estranhas incluem elementos sem relação com o café, como sementes de outras espécies vegetais, areia, pedras ou torrões, enquanto impurezas podem ser resíduos naturais do próprio cafeeiro, como cascas e paus.


A Solveig, empresa responsável pela marca Terra da Gente, afirmou que os lotes citados são antigos e não estão mais à venda. “Todos os lotes atualmente produzidos passam por rigorosos controles de qualidade, com laudos laboratoriais que confirmam sua plena conformidade com os padrões legais e de segurança alimentar”, declarou.


Até o fechamento desta reportagem, as fabricantes das marcas Jalapão, Made in Brazil e Q-Delícia não haviam se manifestado. O Mapa orienta que qualquer comercialização de lotes irregulares seja comunicada pelo canal oficial Fala.BR, informando o nome e endereço do estabelecimento.

 

Além desses lotes, o Mapa apreendeu mais de 21 toneladas de café torrado e moído em Curitiba (PR), adquiridos em compra pública e considerados irregulares. A operação realizada no início de dezembro recolheu embalagens de 500 gramas, incluindo um lote previamente reprovado por laudo laboratorial.


Em outra fiscalização no estado, foram apreendidos mais de 1.500 pacotes de 500 gramas com impurezas superiores a sete vezes o limite legal. O ministério não divulgou os nomes das marcas envolvidas nessas ações.


O protocolo de fiscalização prevê auditorias em estabelecimentos produtores após confirmação de irregularidades em laboratório, com possibilidade de apreensão de matéria-prima, produtos acabados, embalagens e até a interdição das unidades.

 

O Mapa aponta que a principal causa das irregularidades é a baixa qualidade da matéria-prima utilizada por algumas torrefadoras, que misturam cascas, palhas e resíduos do beneficiamento do café ao produto final de forma irregular.


O órgão recomenda que os consumidores verifiquem a procedência do café, atentem à rotulagem e desconfiem de preços muito abaixo da média. Denúncias podem ser feitas pelo canal oficial Fala.BR.

Foto: PixaBay

Fonte: Folha de SP

 


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