A Fundação José Augusto (FJA), órgão que administra o Forte dos Reis Magos em Natal, precisará de uma autorização por parte do Instituto do Patrimônio Histórico Nacional (Iphan) para remover a pichação no Forte dos Reis Magos, conforme apurou a TRIBUNA DO NORTE. A ação criminosa ocorreu na madrugada da quinta-feira (7), em uma manifestação contra o Projeto de Lei Federal 2903/2023, que trata do marco temporal das terras indígenas.

Um dos muros do Forte recebeu as seguintes frases: "Não ao PL/2903" e "Aqui é terra indígena". A pichação foi feita com tinta vermelha e é possível de ser observada nas imediações da Praia do Forte e também pela avenida Café Filho, entre as Praias do Forte e do Meio, na zona Leste da cidade.

Nesta sexta-feira (8), representantes do Iphan no Rio Grande do Norte foram ao local para averiguações e apurações do ocorrido. Trabalhadores e funcionários serão ouvidos. O procedimento é praxe para esse tipo de situação em equipamentos tombados pelo Poder Público.

Na quinta-feira, representantes do Governo do Estado visitaram a edificação militar histórica para as primeiras apurações acerca do caso. O diretor-geral da FJA, Gilson Matias, o coordenador de obras do órgão, Sérgio Paiva, o coordenador do Forte, Pedro Abech e o representante do Ministério da Cultura no RN, Fábio Lima averiguaram o equipamento. A FJA disse em nota que "a Superintendência do IPHAN e os órgãos de segurança do Governo do Estado foram imediatamente notificados sobre o episódio para a aplicação das medidas cabíveis".

De acordo com informações de funcionários que trabalham no local, há um serviço de vigilância de presencial 24 horas por dia no Forte, mas que não foi suficiente para evitar a ação de vandalismo. Não há câmeras de vigilância na área externa do Forte dos Reis Magos.

Tribuna do Norte