logo


Bagada escrito em 4 de Setembro de 2024

Funpec identifica problemas em jazida utilizada na obra da engorda de Ponta Negra

A Fundação Norte-Rio-Grandense de Pesquisa e Cultura (Funpec) identificou problemas nos sedimentos retirados da jazida utilizada na obra da engorda da Praia de Ponta Negra. O banco de areia fica a cerca de 7 quilômetros da costa de Natal, em frente ao Farol de Mãe Luiza.

A obra da engorda foi interrompida nesta terça-feira (3), quatro dias após o início da execução, para que os sedimentos pudessem ser analisados de forma mais profunda em relação à quantidade e à qualidade. A paralisação para o estudo do material deve durar pelo menos sete dias, segundo a Funpec, que foi contratada pela Prefeitura de Natal para auxiliar nos estudos da obra.

"Nós identificamos alguns problemas com relação à jazida, que o material que estava chegando à praia, e pela coleta que nós fizemos, não é adequado para ser jogada na praia", explicou o diretor da Funpec, Aldo Dantas, coordenador do estudo da engorda.
Segundo o diretor, os pesquisadores encontraram o que eles popularmente chamam de "cascalhos" nos primeiros sedimentos retirados.
"O que nós percebemos principalmente que no local específico onde a draga estava trazendo veio muito cascalho. E esse cascalho não é apropriado pra fazer a engorda", disse Aldo Dantas.

O diretor explicou que a Funpec solicitou uma pausa para fazer uma análise de se a jazida é adequada para fazer a obra da engorda. O estudo vai analisar a qualidade e a quantidade do material. Segundo Aldo Dantas, caso seja um problema em algum ponto da jazida, o trabalho deve seguir utilizando sedimentos de outra parte dela.


"Se a jazida for ideal, a gente vai ver qual é a parte que está prejudicada, vamos dizer assim, que não é adequada. E se tiver uma parte que seja ideal, a gente continua nessa parte que seja a ideal, do material ideal", explicou.


O diretor não descarta, no entanto, que outra jazida precise ser encontrada. "Se não for [ideal, essa jazida], a gente vai recomendar a prefeitura que faça uma prospecção para uma outra jazida", completou o diretor da Funpec.
"Se a gente não tivesse preocupado com isso, a gente não faria esse estudo mais aprofundado. Existe, sim, essa possibilidade".


O diretor-geral do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do RN (Idema), Werner Farkatt, disse que o órgão não foi comunicado da paralisação, nem do problema identificado.
"Lembrando que todos os pontos colocados pelo Idema estão nas condicionantes e, muitos desses estudos, que fazem parte das condicionantes, terão prazos para ser entregues. Na condição atual da licença não existe nenhum impedimento que faça com que a obra seja paralisada, não por parte do Idema", explicou.

G1/RN

Comentários

Deixe um comentário