Bagada escrito em 9 de Agosto de 2023
Durante o depoimento prestado perante a Comissão Parlamentar de Inquérito do MST nesta terça-feira (8), Vanuza Souza, uma ex-militante sem-terra que integrou o ‘Acampamento São João’, localizado no sul da Bahia, trouxe à tona uma série de alegações impactantes direcionadas ao movimento sem-terra e ao Partido dos Trabalhadores (PT).
Vanuza lançou sérias acusações contra o MST, relatando episódios de maus-tratos perpetrados contra ela e seus filhos, incluindo sua filha de apenas quatro anos de idade. As alegações lançam luz sobre uma realidade complexa e polêmica que permeia as atividades do movimento.
“Hoje (a criança) está com graves problemas psicológicos”. “E vocês dizem que vocês fazem movimentosocial? (…) Quero que a direção do MST chegue aqui e diga que eu sou fake news, que eu não existo”, desafiou.
No entanto, a ex-militante não deixou de se defender de ‘acusações’ que a rotulavam como “bolsonarista”, enfatizando que, por motivos de coincidência ou destino, jamais havia dado seu voto a favor do presidente Bolsonaro.
Ela fez questão de ressaltar seu apoio ao deputado Valmir Assunção (PT-BA), figura associada ao MST, ao mencionar que sempre depositou sua confiança em seu mandato, embora nunca tenha sentido que suas preocupações e anseios fossem adequadamente representados. “Teve meu voto desde o primeiro mandato. E você nunca me representou”, disparou.
Uma das declarações mais marcantes de Vanuza Souza foi a revelação de que, ao longo de sua trajetória, nunca havia experimentado a liberdade de escolher candidaturas fora do espectro do PT. Ela denunciou o que descreveu como uma dicotomia imposta: “ou você vota (no PT) ou perde a terra”.
De forma enfática, Vanuza classificou o movimento sem-terra no sul da Bahia como “criminoso”. Durante o depoimento de Vanuza, foi exibido um vídeo que ela gravou alegando ter sido espancada em um assentamento. “Posso não morrer agora, mas estou toda machucada”, diz ela na gravação.
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