Bagada escrito em 8 de Dezembro de 2025
ESQUERDA VAI ÀS RUAS POR “JUSTIÇA”, MAS VOTA CONTRA ENDURECIMENTO DAS PENAS PARA FEMINICÍDIO
Manifestações lideradas por PT e PSOL tomaram as ruas de pelo menos 21 capitais brasileiras neste domingo (7) em atos contra o feminicídio. Os grupos pediam “justiça” e “punição rigorosa”, enquanto nomes como Janja Lula da Silva, Erika Hilton, Guilherme Boulos e Eduardo Suplicy discursaram emocionados na Avenida Paulista. Faixas exigiam leis mais duras, e cartazes traziam números de vítimas assassinadas em 2025. Ministras petistas, como Anielle Franco e Gleisi Hoffmann, também participaram dos atos ao lado de bandeiras da CUT.
A mobilização foi amplamente transmitida por portais progressistas como exemplo de “luta feminista”.
Mas cinco meses antes, em 2 de julho, boa parte dos parlamentares presentes nesses atos votou contra o projeto que endurecia penas para crimes hediondos — incluindo o feminicídio. PT e PSOL foram os únicos partidos a rejeitar a regra que obriga condenados por feminicídio a cumprirem pelo menos 80% da pena em regime fechado e que proíbe o livramento condicional. Entre os que chamaram a proposta de “punitivista” e “ineficaz” estavam Erika Hilton, Guilherme Boulos, Tarcísio Motta e Lindbergh Farias.
A contradição ficou evidente: nas ruas, pedido por “cadeia imediata e rigorosa”; no plenário, voto contrário ao endurecimento das punições.
O protesto, que pretendia simbolizar a defesa das mulheres, acabou levantando questionamentos sobre coerência política e expôs um cenário de discursos opostos na prática legislativa.
📸 Estadão Conteúdo / Divulgação
BLOG DO BAGADA



Comentários