Bagada escrito em 29 de Maio de 2024
Uma negociação intensa, que envolveu um corpo a corpo até a noite da véspera da negociação. Foi esse o cenário da eleição do Brasil como sede da Copa do Mundo feminina de 2027, confirmada este mês pela Fifa em anúncio oficial.
Em entrevista ao Metrópoles, o presidente da CBF. Ednaldo Rodrigues entregou um pouco dos bastidores que levaram a candidatura sul-americana a vencer, com folga, a forte concorrência europeia. “Era realmente muito difícil, porque nós concorríamos com uma confederação, a Uefa, onde são 55 votos. A Conmebol, 10 votos. E fomos ter que buscar votos com todos os outros continentes”, contou.
O páreo tinha, inicialmente, outros participantes. O desfecho começou a se desenhar quando a Federação de Futebol dos Estados Unidos (USWNT) e a Federação Mexicana de Futebol (FMF) retiraram a sua candidatura para sediar o Mundial. Sem a Concacaf, Ednaldo Rodrigues revela, a CBF buscou os votos das América Central e do Norte, além de outros continentes que não estavam na disputa. “Isso foi importante. Porque de 45 votos que tínhamos atrás, a gente conseguiu reverter e ganharmos com 41 votos de frente. O placar final foi 119 votos a 78″, contou.
Além da votação, os critérios técnicos e econômicos também foram fatores importantes. A expertise na organização da Copa do Mundo de 2014 foi decisiva, assim como a capacidade hoteleira, malha área, rede hoteleira, entre outros aspectos. Em todos eles, o Brasil liderou. “Nos aspectos técnicos da candidatura, verifica-se também aquela Copa que pode trazer mais benefícios, que pode trazer mais rentabilidade, e isso nós vencemos também e, portanto, é uma vitória do Brasil”, comemorou Ednaldo.
Metrópoles
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