Bagada escrito em 8 de Fevereiro de 2024
Em assembleia com acionistas, a Agência de Fomento do Rio Grande do Norte S.A (AGN) aprovou a criação de mais uma diretoria a um custo anual de R$ 424 mil. A reunião, que ocorreu na manhã desta terça-feira (6), teve votos contrários de todos os acionistas minoritários presentes, mas o Governo do Estado, que possui 98,6% das ações, fez valer sua decisão e aprovou o novo cargo.
No dia 23 de janeiro foi enviada uma circular às entidades empresariais que são acionistas da AGN sobre da criação de um cargo diretor com vencimento mensal de R$ 32,65 mil. Na reunião desta terça-feira, participaram as Federações da Indústrias (Fiern), da Agricultura, Pecuária e Pesca (Faern), do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomercio) do Rio Grande do Norte, bem como o Sindicato das Empresas de Turismo no Estado (Sindetur-RN). Todos votaram contra a criação.
Porém, com a decisão do Governo, ficou criada a Diretoria de Desenvolvimento, Estratégias e Negócios. A proposta de criação da diretoria já havia sido criticada pelos representantes das federações.
O presidente da Faern, José Álvares Vieira, disse que tinha preocupação com os números apresentados em reuniões e reiterado a necessidade de uma modernização, “mas sem criação de novos cargos na estrutura”. Para Vieira, a nova diretoria “representa um custo adicional desnecessário para uma agência cuja estrutura de recursos para financiamentos encontra-se bastante fragilizada”.
Já o presidente da Fiern, Roberto Serquiz, disse que “não vê como justificar a criação de uma diretoria de negócio, levando-se em conta que mais de 95% das operações de financiamento da AGN são de microcréditos”. Para Serquiz, ao invés da Agência de Fomento criar uma nova diretoria, a um custo anual de R$ 424.547,89, a AGN precisaria diminuir custeio”.
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