Bagada escrito em 7 de Junho de 2025

O desmatamento na Amazônia teve alta de 92% em maio deste ano, em comparação com o mesmo período de 2024. Os dados foram divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), nesta sexta-feira (6/6).
As informações do Deter, sistema de monitoramento do Inpe, apontam que foram derrubados 960 km² de florestas na Amazônia em maio deste ano, contra 502 km² no mesmo mês de 2024.
A marca é o segundo aumento no ano, após uma alta de 55% nos alertas de desmatamento em abril deste ano.
Os estados mais afetados foram: Mato Grosso (627 km²), Pará (145 km²) e Amazonas (142 km²).
O secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco, indica que o desmatamento registrado em maio de 2025 foi classificado como “Desmatamento com Vegetação”, quando a floresta queima e entra em colapso.
Os dados do Deter são referentes ao Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real, com alertas mensais. Já o Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes) conta com informações mais precisas para indicar as taxas anuais.
Agora, no acumulado de 2024, entre janeiro a dezembro, os dados do Podres mostram que houve uma queda no desmatamento na Amazônia de 30,6%, em relação a todo o ano de 2023.
“No desmatamento, além das explicações técnicas, existe também o fator político. Na base do governo e até entre ministros, não há apenas divergências, mas fogo amigo contra o meio ambiente. O resultado disso acaba aparecendo em números. A agenda ambiental não tolera duplo comando. Está mais do que na hora de o presidente Lula dar um rumo único ao seu governo nesta área”, afirma Marcio Astrini.
O Pantanal teve uma queda ainda mais expressiva na supressão de vegetação. Segundo os dados do Inpe, o bioma teve uma redução de 65% no desmatamento em maio em comparação ao mesmo período de 2024.
Nos últimos 10 meses, de agosto a maio, a queda na área desmatada foi de 74%, saindo de 1.035 km² para 267 km².
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