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Bagada escrito em 2 de Dezembro de 2025

Desaprovação de Lula sobe para 50,7% e supera aprovação, diz AtlasIntel

A nova pesquisa AtlasIntel/Bloomberg, divulgada nesta terça-feira (2) detectou uma inflexão relevante na popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Após meses de recuperação gradual, os números de novembro mostram que o movimento positivo perdeu tração e voltou a se inverter.

 

Segundo o levantamento, 50,7% dos entrevistados desaprovam o desempenho do presidente, uma alta de 2,6 pontos percentuais em relação a outubro. Ao mesmo tempo, a aprovação caiu para 48,6%, após ter alcançado 51,2% no mês anterior. A pesquisa ouviu 5.510 pessoas entre 22 e 27 de novembro e tem margem de erro de um ponto percentual.

 

O quadro reforça que a popularidade de Lula permanece marcada por oscilações desde o início do segundo ano de mandato. Embora tenha se beneficiado de uma sequência de indicadores econômicos mais favoráveis ao longo do segundo semestre, esse efeito parece ter perdido fôlego na virada de novembro.

 

O presidente mantém desempenho mais forte entre mulheres, pessoas com menor escolaridade, beneficiários de programas sociais e eleitores do Nordeste. Entre mulheres, a aprovação chega a 58,4%, enquanto entre quem estudou até o ensino fundamental alcança 57,4%. No grupo de 45 a 59 anos, chega a 61,7%. O apoio também é expressivo entre beneficiários do Bolsa Família (55,5%) e no Nordeste (58,7%).

 

A pesquisa mostra ainda um dado fora do padrão histórico: Lula registra seu maior índice de aprovação entre famílias com renda acima de R$ 10 mil, com 62,2%. Entre agnósticos e ateus, o apoio sobe para 82,1%.

 

Do outro lado, os piores indicadores continuam concentrados entre homens, jovens, evangélicos e moradores do Centro-Oeste. A desaprovação chega a 61,1% entre homens, 63,1% entre pessoas com ensino médio e 68,1% entre jovens de 16 a 24 anos. Entre evangélicos, sobe para 72,1%. No Centro-Oeste, fica em 69,9%. Famílias que ganham entre R$ 2 mil e R$ 3 mil também exibem rejeição elevada, de 63,2%.

 

O conjunto dos dados sugere que a melhora observada desde o meio do ano, impulsionada principalmente pelo alívio na inflação e por uma percepção econômica mais estável, encontra agora um ponto de inflexão.

 

A tendência positiva não apenas parou como começou a se reverter, recolocando a avaliação do governo em um cenário mais desafiador na largada do terceiro ano do mandato.

 

 

Reprodução: InfoMoney

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil


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