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Bagada escrito em 12 de Junho de 2024

Criatividade e amor à profissão: conheça médica que salvou criança ao improvisar máscara em Santa Cruz

Formada em medicina em 2015 em uma universidade privada do Rio Grande do Norte, Ellenn Salviano, de 41 anos, é natural de São Miguel, na região do Alto Oeste potiguar, mas mora em Natal. Também formada em direito, casada, mãe de três filhos, a profissional começou a atuar em unidades básicas de saúde e depois foi convidada para o hospital municipal de Santa Cruz, onde é plantonista às segundas-feiras há quase 8 anos.

A profissional ficou conhecida por um improviso que salvou a vida de um bebê de 3 meses, no hospital do município da região Agreste. Na última segunda-feira (10), junto à sua equipe, ela decidiu usar uma tampa de bolo como um capacete de oxigênio, até a unidade de saúde receber um equipamento emprestado e a criança ser transferida para o Hospital Varela Santiago, em Natal.

Durante a pandemia da Covid-19, Ellenn fez parte da equipe da UTI do hospital municipal. Além de Santa Cruz, ela trabalha no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) Metropolitano às terças-feiras e no Hospital de Pirangi, em Parnamirim, nas sextas.

A profissional também faz plantões em outras unidades, como a sala vermelha de uma Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) de Parnamirim e em um hospital privado de Natal, sem dia fixo.

Nos hospitais e no Samu, ela atende principalmente pacientes adultos, mas também acaba recebendo crianças e bebês em situações graves. Ellenn revela que está em uma transição de carreira, se especializando em cardiologia clínica.

Para a médica, o maior desafio profissional é trabalhar no SUS. "Trabalhar em serviços particulares é fácil, porque eu tenho tudo à mão, tudo o que eu preciso. Falta também, porque falta em todo canto, mas no SUS eu tenho que sair de casa todo dia pensando em como eu posso me reinventar. E eu tenho uma equipe que eu digo que é minha equipe cão, porque o inferno não escolhe. Vem tudo", afirma.

"Minha equipe, quando estou com eles, eu sei que a gente não precisa escolher o paciente. O problema vem e eu sei que a gente vai dar um jeito, com oxigênio ou sem oxigênio, e eu sei que ali a gente vai se reinventar para o paciente ter a assistência que precisa", diz.

G1

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