Bagada escrito em 1 de Agosto de 2024
A tentativa da Organização dos Estados Americanos (OEA) de condenar a fraude eleitoral e a repressão ordenada por Nicolás Maduro após as eleições presidenciais de domingo na Venezuela não teve sucesso. Estados Unidos, Argentina, Uruguai e Paraguai apresentaram um projeto de resolução exigindo que o regime exibisse as atas de votação e cessasse a perseguição política, mas a iniciativa foi barrada por um grupo de países liderados por Brasil e México, que optaram pela abstenção.
A votação contou com 17 estados membros a favor, 11 abstenções e 5 ausências. Para aprovar a resolução, era necessário o apoio de 18 votos, mas as ausências foram contabilizadas como negativas, resultando na rejeição do projeto.
A estratégia diplomática dos Estados Unidos, Argentina, Equador e Paraguai visava alcançar um consenso e destacar as divisões regionais durante o debate na sessão especial. No entanto, essa abordagem não obteve o resultado esperado. Brasil e México, que se abstiveram de votar e atuaram nos bastidores, conseguiram 11 abstenções de países com dependência energética da Venezuela ou laços geopolíticos com seus principais aliados internacionais, como China e Rússia.
Diante da postura de líderes como Lula da Silva e Andrés Manuel López Obrador (AMLO), líderes como Javier Milei (Argentina) e Santiago Peña (Paraguai) uniram-se para condenar o governo venezuelano, enquanto os Estados Unidos tentavam exercer sua influência regional para impor limites à repressão ilegal. No entanto, a iniciativa não prosperou.
Durante oito horas, os membros da OEA negociaram um projeto de resolução que buscava refletir um consenso político entre todos os parceiros da organização. Estados Unidos, Argentina, Paraguai, Uruguai e Chile defenderam uma posição mais firme contra os abusos de Maduro, enquanto Brasil, Bolívia, Colômbia e México apoiaram uma abordagem que não colocasse o regime ditatorial sob as cordas.
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