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Bagada escrito em 24 de Janeiro de 2024

Arquidiocese de SP arquiva investigação sobre Padre Júlio Lancelotti

A Arquidiocese de São Paulo afirmou que arquivou a investigação sobre o padre Júlio Lancellotti, alvo de denúncias de conteúdo sexual por parte da presidência da Câmara Municipal.

As investigações se baseiam em um vídeo enviado pelo presidente da Câmara, vereador Milton Leite (União Brasil), nesta segunda-feira (22), conforme antecipou a coluna Painel. O material, sem autenticidade comprovada, retrata um homem se masturbando.

Em nota enviada na tarde desta terça-feira (23), a liderança da Igreja Católica em São Paulo informou que manteve a decisão tomada em 2020, quando o mesmo vídeo foi analisado pela primeira vez. Naquela ocasião, não foram encontrados indícios de crimes. A Arquidiocese aguarda novos desdobramentos em relação ao caso.

Na nota, o órgão afirmou “não ter convicção suficiente sobre a materialidade da denúncia” e citou parecer de 2020 do Ministério Público sobre o mesmo caso. A decisão foi informada ao Vaticano, segundo a Arquidiocese.

“Distante de interesses ideológicos e políticos, com serenidade e objetividade, a Cúria Metropolitana de São Paulo permanece atenta a ulteriores elementos de verdade sobre os fatos denunciados”, diz trecho da nota.

O religioso é alvo de acusações do vereador Rubinho Nunes (União Brasil), autor do requerimento de CPI que pretende investigar as ONGs que atuam no centro de São Paulo.

No início do ano, sete vereadores que assinaram o documento para a instauração da CPI retiraram o apoio após Lancellotti, que lidera a Pastoral do Povo de Rua, ter aparecido como alvo principal da comissão. Os parlamentares se disseram enganados pelo autor da CPI, uma vez que o texto não mencionava o pároco.

O parlamentar afirma ter contratado uma perícia que constatou a autenticidade do vídeo e que se trata do religioso nas imagens. Procurado, o padre não quis comentar. Seu advogado, Luiz Eduardo Greenhalgh, afirmou que se trata de uma montagem.

Nunes afirmou que o material havia sido enviado também para Ministério Público de São Paulo, Ministério Público Federal e para a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil).

Folha

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