Bagada escrito em 26 de Agosto de 2024
Tem menos garrafinhas de Beck’s por aí. A Ambev decidiu tirar o pé dos investimentos de marketing na marca e concentrar os esforços em Corona, marca de maior crescimento de seu portfólio neste ano, e Spaten, cujo mercado brasileiro se tornou um dos maiores da marca no mundo — à frente até da Alemanha, seu país de origem.
A Beck’s, outro rótulo alemão, foi trazida ao Brasil pela Ambev ainda em 2019, de olho no público mais jovem e para reforçar o portfólio de cervejas puro malte e maior amargor em meio à disputa de mercado com a Heineken, que liderava com folga o segmento premium.
Poucos meses depois do lançamento já encarou o isolamento causado pela pandemia — o primeiro desafio para um produto como cerveja, cuja vida social é elemento fundamental para dar tração à penetração da marca.
Passou a patrocinar eventos virtuais, como o Tomorrowland, festival de música eletrônica, que desde 2016 não acontecia no Brasil e tinha apenas versões on-line para os fãs brasileiros.
Em 2023, com o retorno do festival ao país a marca foi novamente patrocinadora principal. Um ano antes, em 2022, era a principal marca do festival de música indie Primavera Sound.
Mas não demorou muito a ser substituída pelas outras marcas do grupo.
No Tomorrowland saiu a Beck’s e entrou a Budweiser, que voltou a ser a patrocinadora a partir deste ano. Enquanto isso, a Corona virou a marca do Primavera Sound já na edição de 2023.
De acordo com fontes de mercado, o desempenho da marca ficou aquém das projeções iniciais.
A companhia não abre as vendas por marca, mas destacou na divulgação do segundo trimestre que os rótulos premium cresceram 12,4% em volume em comparação ao ano passado, dando continuidade ao bom momento desse portfólio. O volume de Beck’s, porém, não tem conseguido crescer, apurou o INSIGHT.
Donos de bares no país afirmam que a disponibilidade do produto varia, com períodos mais difíceis para compra.
Exame
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