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Bagada escrito em 1 de Março de 2025

Alcolumbre sobre impeachment de Ministro do STF: ‘Brasil já tem muitos problemas; não vamos criar mais um’

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), declarou que o impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) “não é a solução” para os conflitos entre os Poderes e indicou que não pretende levar adiante qualquer solicitação nesse sentido.
Em participação no programa “PodK Liberados”, exibido pela RedeTV! na noite de ontem, o parlamentar ressaltou que o país já enfrenta desafios suficientes e que não seria prudente “gerar mais uma crise” ao discutir a remoção de membros da Corte. A pressão por esse tipo de medida vem crescendo entre deputados e senadores alinhados ao bolsonarismo, que têm como alvo principal o ministro Alexandre de Moraes, com pedidos já protocolados na Casa.

Durante a entrevista, conduzida pelos senadores Jorge Kajuru (PSB-GO) e Leila Barros (PDT-DF), Alcolumbre aproveitou para apontar falhas nas decisões individuais de magistrados do STF e no que considera uma interferência do Judiciário nas atribuições do Legislativo.

Ele também lamentou o bloqueio judicial de emendas parlamentares, recentemente liberadas pelo ministro Flávio Dino. Para o senador, o caminho ideal é buscar “a pacificação do Brasil”, e não o afastamento de integrantes do Supremo.

“O Senado não é órgão de correção do STF. A Constituição determina um único procedimento: impeachment de ministro do Supremo. Está errado isso. Temos que fazer uma nova legislação. Essa lei é de 1950”, argumentou, defendendo uma atualização nas regras para garantir que cada Poder respeite os limites de sua atuação, sem ultrapassar a independência alheia.
Alcolumbre alertou ainda que iniciar um processo de impeachment contra um ministro do STF em um país já polarizado traria transtornos para toda a população.

“Um processo de impeachment de um ministro do STF num país dividido vai causar problema para 200 milhões de brasileiros. Não é a solução”, reforçou. Ele sugeriu que o foco deveria estar em revisar as normas que regulam o tema, promovendo uma convivência equilibrada entre Executivo, Legislativo e Judiciário.

Direita Online

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